O jornalista Chico Melo fala da profissão, em ponto de vista critico
“Tem uma pergunta que um professor fez pra mim uma vez, isso fica muito evidente nas pessoas que gostam de comunicação, “você nasce jornalista ou você forma jornalista”, eu acredito que as duas coisas, pois primeiro você tem que ter um olha critico pra tudo que acontece ao seu redor, e vontade de intervir naquilo que há de errado que você ver na sociedade, se você tem isso você já é um propenso jornalista, jornalista isso fez com que eu optasse por essa carreira, por essa profissão então eu acredito que nas duas coisas, você nasce jornalista e se forma jornalista.”
Ele falou também que como os demais jornalistas, se sente satisfeito com a profissão que exerce:
“Nos realmente nos satisfazemos, quando recebemos os benefícios do nosso trabalho, ou seja, quando tem alguma coisa de no seu bairro, na sua cidade e que o jornalista ele passa, a ser a voz do povo e que os representantes o prefeito, o governador ou alguma autoridade resolve isso por conta do trabalho do jornalismo em si, das emissoras que as vezes pressionam as autoridades a resolver, e isso nos satisfaz porque é resultado do nosso trabalho, isso é gratificante, e essa eu acredito que seja um dos maiores momentos da profissão.”
Ao mencionarmos a respeito do jornal que comanda nas manhas de Cruzeiro do Sul, líder em audiência ele nos falou sobre a responsabilidade, que tem ao apresenta o JORNAL DA MANHÃ:
“A responsabilidade, ela tem que esta em primeiro lugar quando se fala em comunicação de massa e principalmente do radio que tem uma audiência enorme em Cruzeiro do Sul, que sem duvida é o meio de comunicação de massa da nossa região, a responsabilidade que você tem que ter, o principio da verdade no teu trabalho, você tem que pautar pela verdade e você tem que falar somente a verdade, você não pode fazer jornalismo com duvida. E o JORNAL DA MANHA ele tem essa função de levar a noticia mais precisa possível, muita das vezes nos só conseguimos fechar uma noticia durante o jornal , mas nos checamos detalhes cada etapa da informação, as vezes eu saio aqui a noite, para que o jornal no outro dia fique pronto, e nós possamos fazer com que a noticia fique a mais precisa possível.”
Francisco disse não acreditar que o jornalismo exerça poder sobre a mente das pessoas:
“Eu acredito que o bom jornalismo ele contribui para que as pessoas possam entender melhor os direitos, entender melhor sua função na sociedade, fazer com as pessoas observem se as leis estão sendo cumpridas, se você pode ou não pode determinada coisa, o jornalismo de certa forma ele liberta as pessoas, o bom jornalismo, por é comum em todo lugar existir a parte ruim, infelizmente ha meios de comunicação que não contribui para uma sociedade melhor, mais o nosso objetivo aqui principalmente é contribuir para a formação cada vez melhor da sociedade, e de um todo e principalmente do meio ambiente em que agente vive, eu diria que ele exerce uma influencia, dependendo da forma que ele e feito, o bom jornalismo, acredito que não é feito para influenciar e sim para informar, o bom jornalismo ele é feito para colocarmos fatos da maneira que eles são, e a conclusão fica da conta de que ouve de quem assiste.”
Chico Melo fala da dificuldade em exercer jornalismo, pautado na verdade:
“Exercer jornalismo é uma profissão difícil e você precisa ter coragem pra isso, muitas das vezes você tem que “botar a mão em casa de formiga”, como diz o ditado, você tem que estar disposto a pagar o preço disto, então você vai ter situações que você não pode esconder, você vai ter que falar a verdade, tem que denunciar, ate porque o seu trabalho e pautado nisso, na verdade, se você fugir disso, você então passa a ser um jornalista de mal caráter, e o jornalismo ele exige isso, que o caráter jornalístico seja verdade, então em muitos casos você tem que optar realmente, e fazer o papel que a sociedade realmente espera que você faça, denunciando colocando para as autoridades, para que as leis sejam cumpridas, e claro que nos coloca em situações extremas, são dois paralelos, que faz com que o profissional sempre tenha o seu trabalho pautado pela precisão da informação, e pela verdade principalmente.”
Quanto a imparcialidade Chico Melo comenta:
“O jornalismo ele necessita ser imparcial, é preciso que ele seja imparcial e quem tira a conclusão é o ouvinte o telespectador, então você tem que esta desprovido de envolvimento político, de qualquer envolvimento com grupos com elite como você falou, o que você precisa na realidade e ter o trabalho respaldado, o resultado daquilo que você faz, em muitos casos você precisa opinar pela verdade, por exemplo, um caso como a coleta de lixo em Cruzeiro do Sul se um jornalista ele é acessor de imprensa da prefeitura, ou trabalha na prefeitura, fica complicado que ele apresente um jornal e ao mesmo tempo ele coloque esse problema de forma imparcial, ele não pode fazer as duas coisas então você precisa esta comprometido com o seu trabalho completamente para que você possa ser imparcial.”
Ao ser questionado sobre a existência da imparcialidade no jornalismo da região ele firmemente respondeu:
“Posso responder por mim, no meu caso eu e a nossa equipe aqui, da Radio Integração, nos temos a imparcialidade como principio.”
Sobre o cerceamento da imprensa no Acre com relação aos políticos ele afirmou:
“Agente sabe que existe um jogo de interesse, pra tudo existe em jogo de interesse político, econômico e isso são poucos dos ricos que o jornalista corre, e você não pode fugir disso, não pode ter medo disso, por que se não forem tal emissora vai ser numa outra, cada emissora claro tem sua forma, mas, o jornalista em si ele tem que estar comprometido com a verdade e se ele tiver medo de falar aquilo que ele pensa eu aconselho ele mudar de profissão.”
A respeito da liberdade de expressão e do compromisso com a verdade, ele fala:
“Eu acredito que cada jornalista ele tem um compromisso verdadeiramente apartir da apuração dos fatos, agora os meios de comunicação eles não pertencem aos jornalistas muitas as vezes não é culpado por que tal o qual assunto não e abordado na imprensa, ele depende da aprovação dos seus editores, ele depende da aprovação dos diretores, agente sabe que na política de cada empresa, tal o qual noticia não interessa, em fim, vai depende muito de cada empresa, por exemplo, aqui na Radio Integração o que nos move a fazer jornalismo é a noticia nos não temos nenhum tipo de licenciamento quanto as pautas que nós decidimos em equipe, nos colocamos para que os repórteres possam apurar informação.”
Ao ser questionados sobre possíveis represarias por parte da prefeitura ou do governo em meio ao meio de comunicação que dirige, ele afirma:
“A nossa parte comercial eu diria, que nos não temos contratos governamentais, então nos não sofremos nenhum tipo de ate por que nos não aceitamos isso, e cada trabalho ele tem que ser feito se for um trabalho publicitário, de uma prefeitura do governo ele tem de ser feito com determinado objetivo e não com intuito de pressionar qualquer que seja o veiculo de informação, o meio de comunicação que é feito por meio de interesse, ele foge do principio de comunicar a verdade de pautar pelo principio do verdadeiro jornalismo, esse é o tipo de contrato que interessa muitas das vezes mais o poder político enfim a própria empresa, a instituição, e as emissoras e claro que agradecem quando esse tipo de contrato vem, mas agente sabe que o contrato comercial, o pequeno comerciante, as empresas esses que são os verdadeiros investidores do radio e televisão.
Ao final da entrevista nos falou a respeito dos futuros investimentos na TV Integração (Rede Bandeirantes):
“Nós temos um projeto que esta em andamento dentro dos próximos meses, estamos com a intenção de por programas locais e de televisão com a exemplo do que já teve, mas não é fácil fazer televisão em Cruzeiro do sul , ate por que a questão econômica influencia muito, por causa da aquisição de equipamentos, enfim, é algo muito complexo, não e do dia pra noite que você monta uma estrutura e começa a trabalhar, é então nos estamos fazendo com que cada detalhe seja checado para que cada projeto seja muito bem feito, e que esses projetos possam entrar em funcionamento.”
Deixou um recado aos que querem seguir a carreira de jornalista:
”Quero dizer que se alguém quiser seguir a carreira de jornalista, que fique consciente que é uma profissão que necessita de muita coragem, e que requer muita determinação, e principalmente que você tenha desejo de passar a verdade para as pessoas através da informação.”
Direção e entrevista: Garcia de Alencar
Produção e edição: Tiago Valente
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